segunda-feira, 11 de abril de 2011

Alienação Afrofuturista.

Orgulhosamente entrevistei o Ali (ALIENAÇÃO AFROFUTURISTA) que nos fala um pouco sobre esse ótimo projeto que mistura variados ritmos e nos mostra uma face diferente na cena brasileira.

Como e quando se iniciaram as atividades da Alienação Afrofuturista?

A aLienação aFrofuturista surgiu em 2004 na tríplice fronteira em Foz do Iguaçu ,(divisa com o Paraguai e Argentina) essa manisfetação sonora entrou na minha vida após ter conhecido a cultura jamaicana, rude boy, Sound system etc, e após anos trabalhando em outro estilo musical resolvi fazer minha própria versão desse seguimento.

Como é o formato dos shows de vocês? Quais elementos são usados nas apresentações?

Em 2007 a Alienação Afrofuturista no seu primeiro Ep (demo) tinha como formação além de mim, uma banda composta por guitarra, baixo, bateria e voz como muita dinâmicas de delay, mas hoje em dia o Selectah “Raggamonk El Mono Arco” faz parte do projeto desde o final de 2009 sendo assim o formato atual!
Nas apresentações uso Mic+kaospad e o Selectah Raggamonk usa seu set de DJ + PC + mic. Juntando tudo isso da à mistura de muito Bass Line, Rap, Dub e afins

Quais os trabalhos já lançados pela Alienação?

ALIENAÇÃO AFROFUTURISTA (demo) 2007
FAST LANE (prod. Cabes) single 2009
ENSAIO LIVE RECORDING 2010 (disco ao vivo no Estudio Audio Ataque)
Comming soon: INVEJA BRANCA 2011 (track cheio) previsto para o meio do ano

Sobre o lançamento do disco, como está a fase de produção do mesmo?

INVEJA BRANCA “o álbum” está na fase final, o disco vai ter em torno de 16 faixas com a produção da Track Cheio, Além de faixas produzidas pelos Produtores Cilho e Cabes, Também contará com varias parcerias, como Dubmastor (cidade verde sound system), Jorge Dubman kazah04beats (Bahia), Mc Ant (cwb) entre outros bredas! E sempre como foco na mistura de vários estilos que circulam em Volta da Alienação aFroFuturista.

Quais as influências musicais, e o que você anda ouvindo atualmente? 

Muita Coisa! Não consigo ficar ouvindo um seguimento só, nunca consegui... E atualmente muito Rap, Dubstep, Dub, Bass Line em geral e além de ouvir coisas mais voltadas pro Rock pesado, sons oriundos de Recife como Nação Zumbi, Otto, etc, me fazem muita a cabeça também!

Fale um pouco sobre o selo/produtora “Track cheio” do qual a Alienação Afrofuturista faz parte?
A produtora Track Cheio tem um papel fundamental aqui em Curitiba, além de contribuir para cultura local com lançamentos de artistas, singles, discos não só daqui, mas do Brasil inteiro, Apoia eventos de vários seguimentos, deixando a cena Rap de Curitiba sempre Acesa! No caso da Alienação Afrofuturista serve como ponte pra tentar juntar públicos da Cultura Sound System com o publico Fiel ao Rap, tendo como resultado a mistura perfeita dos dois seguimentos.  Se Tornando um só e é assim que tem que ser yes!

Agradecimentos: TRACK CHEIO, LIKE LION T-SHIRTS, I LOVE CWBEATS, ESTUDIO 1,2,3,4…

http://www.myspace.com/alienacaoafrofuturista
http://soundcloud.com/alienacaoafrofuturista

Video Alienação Afrofuturista - Ensaio Live Recording 2010.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Raoni (HIGH PUBLIC).

Hoje a entrevista é com o grande Raoni (Mr. Ráuna's), Selectah do High Public e produtor de eventos,sempre presente nas festas de São Paulo e tem um grande conhecimento da cena Soundsystem Paulista.

Como anda a cena DUB/SOUNDSYSTEM em São Paulo?
Opa, primeiramente máximo respeito por poder contribuir aqui nesse inicio de blog, acho muito legal essa idéia, pois já foi cogitado em outros momentos e alguns outros tiveram vida curta (espero que esse prossiga).
Cara, esse ano estamos comemorando uma década. Se eu não me engano, a primeira equipe especializada em reggae, o Dubversão começou em 2001, foi e continua sendo uma grande influência pra muitas pessoas aqui. Comecei a frequentar o Susi in Dub em 2003, mas não entendia absolutamente nada, até porque era difícil conversar dentro do salão. Conforme as pessoas foram se trombando, pesquisando mais, graças à internet também, algumas pessoas começaram com seus projetos pessoais, entre eles posso citar: BoomshotSound, ZionBrothes, HailHim, Quilombo HiFi, SelectorsB.Side, Jurassic SS, Abracadub, Kultcha Sound, B12..
Com isso as pessoas começaram a escutar o som em outros locais, na reunião de amigos, festas menores e as sounds foram crescendo, sendo que hoje a galera ta se especializando mais e mais, onde posso citar o Leggo Violence, Africa Mãe do Leão..que são sounds relativamente novas, porém com muita qualidade e sistema  de som próprio.
Com esse “boom” de novas sounds surgindo, no qual eu me incluo (comecei em 2009), muita coisa legal anda acontecendo e outras não muito legais.
As coisas legais são: maior diversidade de som nas pistas, nas ruas, nas trocas de informações, mais público, mais gente produzindo festas, mais intercâmbio entre as sounds, mais gente vendendo e comprando discos, cortando dubplates e se arriscando nas produções.  Outra coisa legal é que a galera ta começando a se especializar nas seleções e nas propostas. Vivemos uma longa fase onde tinha apenas uma opção de festa e hoje temos várias para os mais variados gostos.
As coisas chatas são as pessoas oportunistas e fechadas no pensamento que só existe uma verdade.  Sim, devemos pensar além, mas se tratando de reggae, acho que devemos olhar para trás e ver como foi difícil para os caras na Jamaica conseguir preservar essa cultura, a cultura do vinil, do sound system, da festa feita pelas próprias mãos.
A cidade de São Paulo hoje, pelo o que eu acompanho possui diversas equipes, a maioria se conhece e está na ativa, algumas tocando quase toda semana, outras as vezes só. O público é misto, tem gente de vários tipos, de diversas “escolas” colando e curtindo. Tem festa quase todo dia, mas festa boa esta difícil, pois acredito que quem faz a festa é o DJ e não o MC, ou seja, não adianta ter uma festa com 20 MC’s e não ter um DJ bom.
Há poucas festas com participações de artistas internacionais, da para contar no dedo as memoráveis festas que rolaram, entre elas destaco todas as produzidas pelo Dubversão e Jurassic SS.

O Brasil atualmente tem recebido grandes nomes da cena internacional como o grande JAH SHAKA, dentre outros que virão em 2011 como Iration Steppas, AbaShanti I, como você vê essa evolução da cultura Soundsystem aqui no país?
Então, como eu estava falando, há uma carência de bons artistas de fora se apresentarem nas festas aqui, talvez pela dificuldade de se produzir, ou falta de verba. Para mim a vinda do Shaka foi um divisor de águas, pois a figura dele representa muito para a cultura sound system, talvez para a galera que não se liga nisso nem tenha sido muito foda, mas pra mim e para todos que o conhecem foi um dos grandes eventos da década (ou da vida!!!)
Para esses caras chegarem aqui é no mínimo porque tem muita gente trabalhando por trás, não só dando a cara a tapa, mas investindo do próprio bolso e acreditando em algo maior, muito mais do fazer o nome é um grande presente para todos que gostam da cultura.
Outros grandes nomes já passaram por aqui, U Roy, Ranking Joe, ZionTrain, Welton Irie, Eek a Mouse, Mad Professor, Brother Culture. Todos eles se apresentaram no formato de festa que nós gostamos e é isso que queremos dar continuidade, gostamos de sound system, de artista próximo do publico, de uma parada mais humana e sem estrelismo.
Creio que os próximos anos serão melhores, cada vez melhor!
*Me parece que o Aba Shanti I não é uma certeza, mas sei que vira muita gente boa, entre eles o Jackie Bernard, lenda ainda viva, que vira dia 02 de Abril para cantar na Jamboree.

Como foi citado, o Iration Steppas se apresenta em São Paulo dia 01 de maio, e você faz parte da organização desse evento, fale um pouco sobre a expectativa de promover essa festa que será marcante para os amantes do Stepper no Brasil.
Bom, a idéia de trazer o Iration Steppas veio depois que o MPC (Digitaldubs) confirmou a vinda deles para o Brasil. Não poderia deixar essa oportunidade passar em branco ainda mais que os caras estão comemorando 20 anos de estrada. A produção é totalmente independente e contamos com o apoio dos amigos para fazer esse evento virar, pois queremos trazer mais nomes de peso, pra galera ver que o reggae é infinito e vai além da Jamaica e de tudo o que você possa imaginar. Falando em “steppers” creio que seja uma das vertentes do reggae menos conhecidas aqui, talvez pelo preconceito que muitas pessoas têm com os sons mais rápidos, mais digitais/eletrônicos.  As esperanças voltaram depois que eu vi o Jah Shaka tocando e cantando, sons massivos, que deixaram os regueiros de cabelo em pé com tamanho poder dele e da música que ele apresentava.
Creio que para muitos conservadores, o Iration Steppas não é legal, pois não tocam com vinil, tocam um som muito futurístico ou tenham uma postura muito pra cima contrariando o momento “celebration”, mas isso eles já enfrentaram há 20 anos atrás quando surgiram, e se eles são um dos sounds mais respeitados da UK, quem somos nós para criticar? Rs
VAI SER FODA!

Fale um pouco sobre o High Public e como se iniciaram as atividades desse coletivo?
A High Public não tem nem um ano, eu me juntei com o Julião (selectah do Quilombo Hi Fi) e com meu parceiro de longa data, Hatto, para tocar numa festa e fluiu legal.  A nossa proposta inicial era tocar tunes que não tocávamos sempre, sons mais pra cima, bem graves, produções desconhecidas, com ênfase em stepper/dusbtep. Mas é difícil só tocar isso, somos grandes fãs de roots, digital, então juntamos tudo pra engrossar o caldo. O Jr. Toaster entrou pra equipe logo em seguida, precisávamos de alguém que cantasse e ele tem uma pegada mais rub a dub, canta num inglês legal e conhece bastante de som, é seletor também, produtor musical, produz os nossos riddins e ainda sempre que rola, canta em outras festas.
O que você mais toca nas suas seleções? Qual estilo mais se destaca no seu gosto?
Putz, difícil hein! Quando eu tenho mais tempo pra tocar, gosto de começar com instrumentais, versões pra ir aquecendo. Pra mim a festa tem que ser cadenciada, com ápices, big tunes, novos tunes e sempre que possível um som bem diferente para quebrar o clima total, outro dia no meio de uma seleção coloquei um som do Beastie Boys e a galera pirou. Toco bastante coisa, King Tubby, Professor, Lee Perry, Scientist, Shaka, mas gosto mesmo é de tocar coisas novas tipo Mungos Hi Fi, Jahtari, Stand High, ZionTrain/Abassi, Bush Chemist, Kanka, to viciado nessas versões dubstep de hits jamaicanos, entre varias coisas que rolam, quero mais é ver a galera feliz e dançando!  Outra parada que piro é em vocal feminino, quando embala umas doces vozes, não para mais!!                      

Fale um pouco sobre o “Coletivo prato do dia” com propostas diferentes para festas e celebrações?
Ah o Coletivo Prato do Dia é o nosso projeto paralelo, Eu, Julião e o Fino, que foi o cara que me ensinou algumas coisas, talvez se não tivesse sido ele, eu nem teria começado a tocar e produzir festa. Nossa proposta não é fazer balada pra qualquer um, ser mais um coletivo de Dj´s. Gostamos de calor humano, galera dançando e musica boa. Fazemos um resgate de muitas musicas que não tocam em festas, nosso formato é 100% vinil, mesa de efeito, microfone e muita disposição. A seleção varia desde samba rock/soul, funk 70, rocksteady, jovem guarda, tropicália, psicodelias, reggae e irreverências. Big tune na nossa pista é Robertão!!! E festa boa é festa pequena, em casa, com as paredes suando, fumaça e mulher pra todo lado!!rs.


O High Public vêm trabalhando em produções autorais também, como está a evolução dessas produções como acorre o processo de criação?
É algo totalmente novo, pois quem produz tudo é o Jr. Toaster. Ele possui um estúdio na casa dele, onde há instrumentos e uns brinquedos muitos legais que não podem ser revelados aqui!!Rsrs
Eu não manjo nada de produção musical, mas tenho bom gosto para palpitar! O meu papel nisso tudo é divulgar, tentar parcerias e incentivar nós e nossos amigos a produzirem mais!
Nossa meta é com o tempo melhorar a qualidade das produções para poder prensar em vinil.
As poucas produções que temos já tocamos nas festas que tocamos e tem sido bem recebidas, até pelos mais conservadores. A linha de produção percorre pelo digi-step/stepper com pitadas de dubstep.

Deixa uma mensagem pra quem como você caminha por esse caminho do Underground?
Sou mais um filho“abandonado” pelo punk, não que o punk tenha morrido, mas é que eu creio que a grande contribuição já foi dada, a filosofia do FAÇA VOCÊ MESMO! Essa foi a grande associação que eu fiz com a cultura sound system e é o que eu presencio sempre que alguém quer colocar o som na rua. E é muito difícil ser sozinho, querer fazer tudo e estar no “underground” ou “independente” exige muito de você. Eu não sou ninguém, longe disso, acho até que uma das coisas mais legais que fiz foi organizar um festival de rock pra 1000 pessoas na escola quando tinha uns 16 anos.  Não pode desistir, se você ta afim e vê que não vai conseguir sozinho, pede ajuda dos parceiros, sempre vai ter alguém disposto a ajudar.
E não se preocupe com status ou imagem, pois como todos sabem o mundo da voltas, portanto quanto mais amigos e menos inimigos você tiver seus projetos darão mais certo. Humildade e perseverança é o caminho!
Valeu Marcio (que eu nem conheço ao vivo) pelo espaço.
Quem quiser saber mais sobre a cultura sound system em São Paulo eu registro sempre que posso e posto nos canais abaixo:
www.youtube.com/raoniseda (mais de 150 videos de festas)
Links das produças da High Public

Valeu!!



Video Sweet Digimix Raoni Selectah.


segunda-feira, 21 de março de 2011

Doctor Dreams.

Orgulhosamente entrevistamos o músico e produtor Ganesh Toresin que nos fala um pouco sobre seu projeto musical "Doctor Dreams".

1- Quais foram seus primeiros contatos com a música? E suas primeiras influências?
Acho que todo mundo gosta de música, é difícil achar alguém que não goste, então lógico, desde pequeno eu sempre escutei muita coisa, e principalmente na adolescência eu escutava muito rap e música eletrônica (dessas de rave mesmo, psytrance, chillout, etc). E um dia voltando dessas festas eu doidão comecei a me perguntar: “Caralho né, como será que os caras fazem esse som, será que é tocado, será que é no PC?” ou seja eu não tinha a minima idéia, isso com uns 15 anos, mas comecei a fuçar uns programas tosco e em pouco tempo tava criando umas base de rap pra uma rapaziada cantar. Assim foi.
2- Quando e como nasceu o projeto Doctor Dreams?
Bom, ao mesmo tempo que eu tava montando essas bases pra galera do rap eu, lógico, tava fascinado pela parada de fazer som eletrônico e tava fazendo vários experimentos à parte. Uns meses depois eu já tinha dado o nome pro projeto, baseado na minha relação com o mundo onírico, uma par de sonhos que eu tenho até hoje que me fazem cair da cama de tão loucos que são. O projeto mesmo começou em 2003, mas o primeiro álbum se não me engano eu lancei em 2006.
3- Como você faz suas produções e que elementos vocês usa?
É um processo bem livre na real. Eu gosto de produzir mais em casa, onde eu to mais a vontade, passo um café e tal, sento na cama ou na mesinha e fico brisando. Ai depois levo pro estúdio pra mostrar pra galera, escutar umas opiniões diferentes, e finalmente fazer o trampo final da mix/master. Eu uso várias técnicas e vários elementos, tem gente que gosta por exemplo de usar só vst pra fazer a música toda, outros usam só loop, é o estilo de cada um. Eu uso de tudo um pouco. Gosto de escolher cada peça da bateria e montar na linha de tempo mesmo. Pro baixo eu uso vst intercalando com shoots e muita automação. As vezes um loop de percussão cai muito bem. Mas é uma coisa bem livre, to sempre pesquisando técnicas novas e acabo usando de tudo um pouco.
4- Quais gêneros musicais chamam mais sua atenção nos últimos tempos? E o que você ouve em casa atualmente?
Eu gosto do chamado “som cabeçudo” hehe. Traduzindo em estilos: IDM, Dub, Dubstep, Glitch, Glitch-Hop, Drum and Bass, Jungle, Steppa, Chiptune, ou seja, Bass Culture em geral e derivados diretos ou indiretos. E quando o ouvido cansa escuto jazz e blues, alias amo jazz, pra mim ainda é o estilo supremo!
5- E sobre o Dubstep? Gênero que vem ganhando mais e mais força na Europa, como você avalia esse crescimento de produtores e apreciadores do gênero?
Eu comecei a escutar falar de dubstep a três ou quatro anos atrás. Em Londres o som já existe deve fazer uns dez anos né.  Mas assim que eu escutei o som já fiz um set de uma hora só com as mais pancada! Ninguém entendeu (ou pouquíssima gente). E até ontem era meio difícil tocar dubstep em algum lugar. Eu vejo que a cena está em fase de boom total! Ano passado vários coletivos se formaram e começaram a trabalhar, um pessoal começou a produzir, outros a fazer festa e praticamente todos os estados do Brasil já tem alguém representando na cena. 2011 está sendo um ano muito produtivo pro dubstep nacional, eu posso citar alguns nomes de peso ai na produção como TomaDub do Rio de Janeiro, meu irmão Felipe Steinthaler de Curitiba, aqui em São Paulo eu aprecio muito o trabalho do Seixlack, só pra citar alguns rápidamente senão eu preencho essa página inteira, porque tem aparecido muita gente na cena. Mas podem esperar muita coisa boa ai pra 2011!
6- Como você avalia a cena do DUB/SOUNDSYSTEM no Brasil atualmente?
Olha, para ser sincero com você, apesar de sempre ter escutado dub e reggae eu desconhecia a cena de soundsystem. Eu morava em Curitiba até um ano atrás e lá tem a galera da 171 que fazia umas noites de dub, mas essa coisa de ver o pessoal tocando com vinil e um toaster pra mim é uma coisa super nova, então eu ainda não posso avaliar nada porque ainda to em fase de aprendizado. Posso sim dizer que é uma cultura linda que precisa ser mantida e respeito demais a galera que dá esse trampo.
Quais seus primeiros trabalhos já lançados? (EP/Disco)
Vou mandar já de cara a discografia com os links pra quem quiser baixar:
DOCTOR DREAMS - MEDIDA EXTREMA / SIGILO QUEBRADO (2010)

Relesead: Oct/2010
Genre: Eletronico
Style: Dubstep
Country: Brazil


Doctor Dreams - Sonhos Magnéticos (2010)
Relesead: Jan/2010
Genre: Eletronico
Style: Glitch/IDM
Country: Brazil
Source: WEB
Bitrate: 320Kbps

Link: http://www.4shared.com/file/210438097/609ab6cb/Doctor_Dreams_-_Sonhos_Magneti.html

DOCTOR DREAMS - PÁSSARO-RAIO (2009) 
Relesead: Jun/2009
Genre: Eletronico
Style: Glitch/IDM
Country: Brazil
Source: WEB
Bitrate: 320Kbps

Link: http://www.4shared.com/file/211913357/79418b95/Doctor_Dreams_-_Pssaro-Raio__2.html


HIBOTIC E DOCTOR DREAMS - MISTÉRIO DO PLANETA (2010) 
Relesead: Jun/2010
Genre: Eletronico
Style: Ambient/Glitch/IDM
Country: Brazil
Source: WEB
Bitrate: 320Kbps
Link: http://www.4shared.com/file/mYhFITwu/2010_-_Hibotic__Doctor_Dreams_.html


7- Quais os projetos em pauta atualmente? Algum novo projeto? Ou algum lançamento previsto?
Sim, alguns. Estou trabalhando no meu novo EP que vai se chamar Tropical Fieber, que é só dubstep e glitch-hop. Esse vai ser de tremer o chão! São 10 faixas sendo que 6 delas foram feitas em parceria com amigos/músicos. Uma história que eu queria fazer a algum tempo mas ainda não tinha tido a oportunidade. Esse EP ta no gatilho já, vai sair no mês de abril agora. Ele vai sair pela NOUDRAGS, que é a minha família aqui em São Paulo! Alias a galera que curte dubstep e vertentes ai que fique esperto, porque esse ano a NOUDRAGS vai colar com tudo fazendo festas e lançando material de primeira qualidade ai! Um dos projetos que estou trabalhando com eles é justamente uma mixtape com bases de dub e dubstep e uma galera aqui de Sampa e Curitiba também cantando em cima. Vai ser o creme! Mas essa é pra daqui uns dois meses ou mais.
8- Pra terminar faço a mesma pergunta a todos os entrevistados. Deixe uma mensagem para todos que caminham por esse lado mais underground da musica brasileira...
Deixo mesmo. Primeiro deixo o meu respeito e admiração por quem trampa no under. Não é fácil! Quando eu vejo alguém trampando pelo underground verdadeiramente, sem querer estrelato ou só dinheiro eu vejo que é o amor ali presente. O pessoal tem que se manter forte, continuar a luta e manter os olhos bem abertos. Focar! Tem muita gente que desvaloriza a sua cultura, os donos de casa noturna que vivem querendo passar pra trás, galera que chama pra tocar e não quer pagar, enfim, muito zóião na história. Tem que se manter firme, pesquisar de verdade, ler muito, escutar muito e realmente fazer acontecer independente das circunstancias! A galera tem que conversar mais também, estar mais aberto a novos diálogos, novas idéias, eu vejo muita gente bitolada, fazendo as coisas pela metade, mas quem é de verdade sabe quem é de mentira (como diria uma amiga)! Então corra atrás do seu porque ninguém vai fazer isso por você, e qualquer coisa o doctor tá aqui na simplicidade pra nóis trocar uma idéia, hehe.

Video clipe de Pré Historic Dub by Doctor Dreams

sexta-feira, 18 de março de 2011

Sistah mo respect!

Na estreia do nosso blog, temos a honra de entrevistar a grande Juliane Rodrigues mais conhecida como Sistah mo respect, Carioca com raízes nordestinas, Que vem desenvolvendo um trabalho muito bacana e se destacando na cena underground brasileira.

1-Como foram seus primeiros contatos com a música? e quais foram as suas primeiras influências?
Meu primeiro contato com a música Foi nas rodas de capoeira que eu ia com o meu pai, ele também fabricava instrumentos como berimbau e atabaque em casa, depois ele virou compositor e eu fui acompanhando esse processo todo.
Sempre gostei de escrever, aí conheci o rap e vi que podia transformar as minhas poesias em música.
Minha primeira influência foi a Flora Matos, quando comecei a trocar idéias com os amigos dizendo que queria fazer rap, um velho amigo me disse para eu ouvir os sons dela por que ele sabia que eu ia me identificar com o estilo.

2-Você já foi locutora de um programa de radio, como isso influênciou na sua música?
Eu fazia o programa junto com os vocalistas da Banda Afro Reggae Ando e LG e com eles eu aprendi muito mesmo, eles sempre me mostravam músicas boas, foi muito importante a convivência com eles.

3-E seus trabalhos e projetos atuais?
Atualmente e trabalho no RedBull Favela Beats onde auxilio o Sany Pittbull Grand Master Raphael e DJ Nino nas aulas de DJ.
Estou num bom ritmo, escrevendo bastante, aproveitando a minha nova parceria com o Dub Movement e agora to investindo na minha nova família que é a minha banda.

4-O que você houve em casa atualmente? quais estilos se destacam no seu gosto?
Nesse momento do meu ipod tem John Legend, Erikah badu, Morgan Heritage, Tippa Irie, Jahdan Blackkamoore, Aloe Blacc e o que nunca sai Damian Marley. Todos esses tem técnicas vocais incríveis e eu aprendo muito.
Eu digo que o meu estilo musical é Favela music e musica negra em geral. Mas o que eu mais gosto mesmo é o reggae.

5-Como se dá o processo de composição de suas músicas?
De várias formas, sempre escrevo várias frases no dia, dependendo do tema da que eu mais gostar vou desenvolvendo dali, às vezes junto coisas antigas com coisas novas, tem dias que sai uma música inteira, mas tudo o que falo tem um alto teor de realidade, são coisas que realmente vivo ou que vejo acontecendo próximo a mim.

6-Quais as características que você mais destaca em seu trabalho?
Acho que é o meu respeito e amor pela favela, e na minha concepção consigo misturar bem a minha influencia do reggae, rap e ragga no meu som e dizem que a minha voz é legal e eu acredito (RS) e agora to reproduzindo o que me falam por aí hehe.


7-Com quem você já se apresentou? E quais os eventos musicais que você já fez parte?
Fazer participação em shows não costuma rolar por que a única musica que tenho em parceria com alguém é a música É Quente, minha e do Mc Priguissa (RN) produçao do Interferencia e ainda não foi lançada. Mas Já dividi o mesmo palco com mc marechal, ponto de equilíbrio, nathy mc, MC Funkero, Jr. China, Victor Bhing I, Dughettu e por aí vai são muitos...
Já cantei na traDicional Batalha Do Real, Festival Rio Sound System (2010/2011), Meeting Of Favela que é o maior multirão de graffiti da América latina (2009/2010), Casa Da Nike 6.0, Festival Da UNE...

8-Quais os planos para o futuro? Algum lançamento de disco/ep programado?
Estudar sempre, tentar focar na disciplina por que sou muito lenta (RS) e Evoluir com a banda.
Por enquanto to experimentando, estudando vários ritmos vindos do gueto, me descobrindo NE, ainda não penso em lançar cd e nem ep, vou fazendo as musicas e lançando na net, isso tem funcionado bastante.

9-Como você vê a cena DUB/REGGAE/SOUNDSYSTEM atualmente no Brasil?
A cena do reggae em geral é legal, é pequena mas sobrevive, agora as outras vertentes são mais underground a massa ainda não assimilou mas a cada dia que passa ta crescendo mais e eu fico muito feliz de acompanhar e fazer parte dessa evolução.

10-Deixe uma mensagem para todos que caminham por esse lado mais underground da musica brasileira...
Busquem sempre a sua originalidade, acho isso fundamental. Quando se tem talento e luz conseguimos passar de qualquer barreira de gênero musical e ir alem.
E nunca esqueça de agradecer a Jah por tudo. In Sistah .
Fica a dica.
http://soundcloud.com/sistahbr

Faça o download da faixa "Terraço" produção Dub Movement + Sistah mo respect

Download MP3  Clique em salvar

Video clipe de Terraço